4/3/07

Ele-há momentos assim, de quase hiato intelectual.


De maneiras que, de momento, a necessidade de ler se impõe feita bigorna em queda livre sobre a necessidade de escrever meia dúzia de patacoadas; pois que esta última (a vontade de escrever), a pobre, resiste trémula de pernas alçadas, feito o (diria miserável!) Coiote debaixo do dito objecto esmagador. Refiro-me portanto àquele bicho esfomeado, com o estômago sempre colado às costas, que levava altos bailes do 'bip-bip', mais conhecido como Road runner. Também pode o leitor socorrer-se da imagem do frigorífico em cima do Roger Rabbitt, se preferir. A imagem mental é à escolha do freguês.

Posto isto, retomaremos assim que possível a produção neste blog, logo após um curto intervalo para uma breve mas abençoada incursão na biblioteca da minha caríssima progenitora, que apresenta títulos perfeitamente provocadores, e cuja extensão de salivação se prolonga desde a prateleira da mitologia, filosofia, grandes obras da literatura, até à estante da história política, antropologia... livros de aut-ajuda. Er... bom, no melhor pano cai a nódoa. Mãe, és G'rande! E não ligues às más línguas. Da última vez que te medi, pelo menos um metro e cinquenta era de certezinha.

E porquê? Porque eu preciso. Porque há seis anos que tenho sede de ler coisas que não tenham exclusivamente a ver com Psicologia. Ler, e com tempo! Que isto de conhecer obras importantes de trezentas páginas, como 'Os Tristes Trópicos', ou até mesmo as curtas cem páginas do 'Raça e História' de Lévi-Strauss, a correr para um exame, deixam uma sensação amarga de que não degustámos a coisa com a serenidade e elaboração que nos merece.
Afinal das contas, estamos no período da Quaresma e este cérebro precisa de lutar pela ressurreição. Começarei pelos clássicos.

Palavra do Senhor!


12 comments:

W. said...

Sugiro "Os Três Porquinhos", um épico cheio de acção que decerto não te deixará indiferente, quer pelo teor da narrativa quer pela mensagem presente no desenlace.

Anonymous said...

Tanto livro bom pra ler... E tu ficavas pela Psicologia? Um desperdício...

Beijinhos

ShugO said...

estou contigo. agora que acabei o curso e sou mais um número nas estatísticas sobre o desemprego também deixei de lado a psicologia para me dedicar aos clássicos (que também não deixam de ter psicologia, embora mais subtilmente!)... que bom seria tirar uma nova licenciatura em literatura estrangeira!
abraço.

Joana said...

Agora fiquei na dúvida...
agora a seguir é:

Ouvimos senhor

ou

Amen

ou

Ó Sana nas alturas?

De qualquer maneira, boas leituras!
:)

ShugO said...

Amen, ó sana nas alturas, pois, para uns (nao, para mim nao), a biblia nao deixa de ser um classico e um contemporaneo... ahahah!!
Bem haja!

Pyny said...

Graças a Deus!

HOSSANA (É assim que se escreve, e Graças a Deus é a resposta lolol)

ShugO said...

mas afinal quem é essa tal de hossana que se encontra nas alturas? eu bem que poderia procurar na net (ah! como o meu interesse é profuso nestas matérias) mas como tenho ideia que o pyny está bem informado... eheh

Perola Granito said...

Hoje ofereço-te um cravo vermelho.

Rui Fartura. said...

eu não sou eu evidentemente, vais gostar

=)

Indibiduo said...

parece que paramos no tempo hehe

miudoh said...

mto bom...um grande blog q aki podemos ver, continua assim apesar d parecer q t deixas-t disto ha ja algum tempo, pode ser q regresses...e q seja em força!

Elora said...

Já não tás em hiato há muito tempo?