[Coça-se a garganta. Afina-se o grasnar]
Ela pega nas chaves, enquanto avança para a porta.
[Dedos na guitarra. Verifica-se o tom]
Ele detecta movimento. Olha expectante.
[Fecham-se as luzes]
Silêncio que se vai cantar o fado. E é dos vadios... Vamos lá ver se o apanhamos...C o f c o f…
Pai: Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaao ve-nhas tarde..
Filha: Diiiiiiiiiiiiizes-me tu co’m caaaaaa-rinho
Pai:…Por-que se veeeeeeeeeens taaaaaaaaaarde…(Pom-pom-pom)
… táslixadaquelevasnofocinhooooooooooooo!!!!!!
[a porta fecha. A música acaba. O pai voltou para o sofá com aquele sorriso de quem "era tão bom se esta noite ela não fosse sair". Ela sai com um sorrisão. “O meu pai é tão gente boa.”]
4/3/06
Ele-há gulosos de 1ª, e há os outros.
Guloso de primeira...no seu formato mais puro...bom, é o meu pai.
O Guloso de primeira é aquele especímen raro que não conhece o sentimento de culpa que esta nova cultura pseudo-light tenta instituir. E nem adianta falar em marmelada light. Ele nem sequer sabe que isso existe. O Guloso de primeira é esse grande... GRANDE homem que, ao cruzar-se consigo no corredor com um toucinho do céu e um pudim flan na mão consegue, perante ar alheio estupefacto, lançar um outro de consternação indignado:
- HUNF!! ...Preconceituosa!
Avé! pai... Ainda há quem tenha valores (vénia)
O Guloso de primeira é aquele especímen raro que não conhece o sentimento de culpa que esta nova cultura pseudo-light tenta instituir. E nem adianta falar em marmelada light. Ele nem sequer sabe que isso existe. O Guloso de primeira é esse grande... GRANDE homem que, ao cruzar-se consigo no corredor com um toucinho do céu e um pudim flan na mão consegue, perante ar alheio estupefacto, lançar um outro de consternação indignado:
- HUNF!! ...Preconceituosa!
Avé! pai... Ainda há quem tenha valores (vénia)
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