4/18/06

Um faduncho por dia dá saúde e alegria

[Coça-se a garganta. Afina-se o grasnar]

Ela pega nas chaves, enquanto avança para a porta.

[Dedos na guitarra. Verifica-se o tom]

Ele detecta movimento. Olha expectante.

[Fecham-se as luzes]

Silêncio que se vai cantar o fado. E é dos vadios... Vamos lá ver se o apanhamos...C o f c o f…


Pai: Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaao ve-nhas tarde..

Filha: Diiiiiiiiiiiiizes-me tu co’m caaaaaa-rinho

Pai:…Por-que se veeeeeeeeeens taaaaaaaaaarde…(Pom-pom-pom)

… táslixadaquelevasnofocinhooooooooooooo!!!!!!

[a porta fecha. A música acaba. O pai voltou para o sofá com aquele sorriso de quem "era tão bom se esta noite ela não fosse sair". Ela sai com um sorrisão. “O meu pai é tão gente boa.”]

4/3/06

Ele-há gulosos de 1ª, e há os outros.

Guloso de primeira...no seu formato mais puro...bom, é o meu pai.
O Guloso de primeira é aquele especímen raro que não conhece o sentimento de culpa que esta nova cultura pseudo-light tenta instituir. E nem adianta falar em marmelada light. Ele nem sequer sabe que isso existe. O Guloso de primeira é esse grande... GRANDE homem que, ao cruzar-se consigo no corredor com um toucinho do céu e um pudim flan na mão consegue, perante ar alheio estupefacto, lançar um outro de consternação indignado:

- HUNF!! ...Preconceituosa!


Avé! pai... Ainda há quem tenha valores (vénia)