9/13/06

Meus amigos...de vós me despeço com muita amizade (entoação Engº Sousa Veloso)

Tenho pensado muito. Eu e a minha neurose...e chegámos à conclusão que outras prioridades emergem. Bom, a realidade é que a mãezinha descobriu este spot. E o meu pai também. E os meus amigos também. O meu mau feitio perdeu subitamente o brilho de se expandir no anonimato da blogoesfera com a garantia de que o feedback vem apenas de pessoas que não estão preocupadas em me engraxar. E isso chateia-me, oh diabo. Por outro lado, e em diálogo aberto com o meu espírito crítico, eu e ele, chegámos à conclusão que não temos nada de muito significativo a dizer de momento, e que nem sequer temos legitimidade para o fazer enquanto não me tornar mais uma jovem cidadã licenciada no terreno lamacento do desemprego. (suspiro) Àh!...Como eu anseio por desenhar bolinhas a vermelho nos classificados. Mas para isso há que criar as condições. Não se fazem omoletes sem ovos, é certo.
A verdade é que não deixo este cantinho (que tanto gozo-retorcido-privado me tem dado) com um pingo de lamento. Tenho a agradecer a muita gente que me acompanhou por aqui e na minha vida privada, que me inspirou posts, que os criticou, que me explicou como funciona um site destes; que me deu a conhecer um mundo da escrita para mim completamente novo. Tenho a agradecer aos que deixaram farpas e aos que não, sendo que a minha maior deferência irá claramente para os primeiros. Aos "mestres" e às "musas". Não vou referenciar-vos porque vocês sabem quem são e apenas isso é relevante. Mas obrigada. Um beijinho daqueles, a todos. E a verdade é que um blog tem o seu tempo. A própria circularidade da blogoesfera é que em grande medida refrigera e condimenta o equilíbrio deste ambiente. A verdade é que ontem em confidência o meu pai, algures entre o tacho do arroz de tomate e das pataniscas a fritar, dizia-me assim...


- Sabes filha... acho que isto da publicidade neste país já deu o que tinha a dar. Acho que vou criar um blog.

- ...

- Estava aqui a pensar. Já reparaste que as asneirolas tornaram-se a unidade de medida por excelência? Qualquer coisa é chata cumó Piiiiii.. ou então aquilo é bom cumó Piiii..ou ela é inteligente cumó...Piiii. Já não faz sentido falar em 'centímetros'...

- Pai acho isso muito bem. Mas essa já foi explorada. hehehe.

- Hum...(mexendo o tacho) Tenho de pensar noutra então... Pássa aí os coentros, se faz favor.


- Há toucinho do céu?

- Há pois!