1/29/06

tiiiiit...tiiiiit...tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiit (onomatopeia para ritmo cardíaco descontrolado em observação)


Neste espaço constava inicialmente um post acerca da recente queda de neve em Lisboa e paralelismos com um certo hit do senhor José Cid.
Era demasiado cruel por isso foi retirado. Não com o cantor. Nesse aspecto estava porreirinho. O post é que era muito mau. Sim, pior que este.

1/25/06

Ainda a respeito daqueles canastrões cheios d'a laca...

ÒOOooooo....(esgare altamente teatral e fugazmente soluçado)
Fui traída no âmago da minha essência emocional. Meu coração foi apedrejado à paulada (reparem bem como foi grave, hum?!) sem intervalo nem hipótese de um disfribrilhador entrar em cena. Judas, o próprio, se compadeceria por tamanha traição. Minha mãaaaaaaaaaaaaaae...(já ligeiramente babada)... essa ninfa delicada, essa criatura adorável e casta, essa mulher que me carregou no ventre durante...sei lá...meses!!! desferiu um golpe demasiado fundo para eu poder suportar.
óooooooOOOOOOO...
Lembro-me como se tivesse antes de anteontem...ontem....e coiso. Porque por acaso até foi. Estávamos a ver o Top mais. Eu comia uma sandes de queijo fresco, com muito sal. Os meus pais, não. E quando eu ia a dar mais uma dentada...

" ó filha...mas... eu até que gosto deles." 

E chorei.
Mas ela depois percebeu que a salvação estava à mão. Estabelecemos um programa de desintoxicação intensivo. 4 Cd's diferentes por dia, cautelosamente escolhidos e programados no repeat. Confio que vou ter a minha progenitora de volta. Tsss...o chato disto é que ela não curte estar trancada no quarto. Mas é para o bem dela.

Bom, com licença. Está na hora de lhe trocar o cd...

1/19/06

É que há posts que são perfeitamente escusados. É o caso.

Ainda de cafézinho na mão -como qualquer criatura de Deus que inicia o seu dia de trabalho- pousei os meus haveres no ecossistema onde ficaria as oito horas seguintes. Olhei em frente e lá estava: um papel...amorosinho, colado a fita cola, onde a minha colega tinha escrito:

" Há fezes guardadas no frigorífico. Beijinhos, V."

Adiei o gole de café e pensei: "Esta merda ainda vai sobrar para mim". E o dia passou-se. Não-incólume, claro, pois nem uma hora depois pespegavam-me com um tubinho na mão para também eu guardar. A nossa vida muda para todo o sempre quando alguém nos confia pela primeira vez o seu mijo. A vontade é: "Obrigada pela confiança, mas eu não quero....tipo...não quero. Até o meu me faz uma certa impressãozinha. Nem que me pagassem...vá, cem contos, mais uns... vá lá, dez por fora, por exagero. Nem assim."
O dia acabou e de luvas caminhei com o tubinho na mão até ao frigorífico, controlando sempre o dito, não fosse o malandro pregar-me uma partida, e sabendo eu como sou desastrada a descer escadas às escuras e de botas de salto alto.
Lá estavam elas, as colheitas de análises daquele dia. E lembro-me de ter pensado no meio daquela escuridão iluminada apenas pela luz do pequeno frigorífico:

...andam elas preocupadas em beber cenas light. Os sítios em que esta gente guarda os iogurtes!!!!!!


[Haja paciência. No meu trabalho, é com cada merda que me vem parar às mãos...!]


1/18/06

Manifesto pelos homens realmente sensuais...



The Monty Phyton

Mas quem é que terá espalhado o boato que aqueles "backstreet boy's" pseudo-líricos canastrões patrocinados pela Hugo Boss, uma marca qualquer de gel ou fraldas para adultos cagões ou coisa que o valha, sim...os 'Il Divo'... são sex-symbols, minha gente? Pior...quem são as mulheres que compraram este serviço de prostituição pseudo-musical?! Digam-me sinceramente...em que é que aquilo é diferente dos Chippendales?! Hum?!...

Esta malta hoje em dia percebe lá acerca do sex-appeal masculino...





...Bah!!!





1/9/06

Censurem-me se conseguirem... vá!

Pensamento terrivelmente recente:
"Sudoku?!... (Raios!! Outra Manga japonesa???!!!)"

1/4/06

Aaaahh...AAAAAaaahhh...tchm!!

Estar doente não tem piada. Entrei em 2006 de forma bombástica: a espirrar como se todo o meu sistema respiratório tivesse apanhado o TGV sem que para tal as vias estivessem adequadas à sua circulação. Bom, há quem lhe chame gripe.
Uma das grandes crueldades da condição tás-tão-doentinho-que-até-metes-dó resume-se a um só princípio essencial: quem pode ajudar não vem, e quem está à cabeceira é sempre chato e condescendente cumá m'rdinha. O Síndrome menstrual e a gripe atingiram-me de forma coexistente e fulminante e não me conseguia sequer mexer (vide post acerca do síndrome pré-menstrual...pá, não sei. Procurem praí nos últimos arquivos)
Impunha-se a necessidade de chamar alguém competente. Até porque os familiares já me deixavam os nervos em franja de cada vez que, ao primeiro de 70 espirros, resolviam ajeitar o ‘lençolinho’ e os 6 cobertores de lã. Não vá o diabo tecê-las e uma brisa de ar fresco escapulir-se entre as janelas calafetadas, aproveitar uma distracção da minha avó, fazer os 100 m em obstáculos, usar a cama como trampolim e, em flik flak, entrar dentro do meu pijama e deixar-me com uma ‘pontada’. Não vá o diabo tecê-las, fui agrafada à cama. Tornava-se também enlouquecedora a insistência na temática ‘comer’. Ele há alturas em que não dá. Nem com um funil enfiado nas goelas. Resolvi então chamar o médico. Nem que fosse para ser torturada por alguém diferente. Dar-vos-ei a versão em forward já que a outra é chata e, como tal, escusada: Ligar...seguro de saúde...solicitar um médico ao domicílio...15 minutos em linha...primeira barreira telefónica...musiquinha...mais 15...enfermeira da triagem...mais 30 minutos com a dita ao telefone:

- Quantas vezes muda o penso?...de hora a hora?
- Mas eu...
- Senhora dona Joana, e o fluxo de que cor é?
- Mas ouça...eu só estou com gripe, e precisava de um médico porque...
- ...há alguma hipótese de estar grávida?
- (Só se isso também for viral) – pensei.


Depois de responder minuciosa, escrupulosa e humilhantemente a todas as questões acerca do meu funcionamento orgânico nos últimos dias disseram-me que aguardasse pelo médico. Nem podia eu fazer outra coisa...até porque não me podia mexer, recordo o leitor. Os cobertores eram muitos!! SEIS HORAS depois lá apareceu uma médica de ar pouco convencional, arrastando os pés em cadência enfadada e com um bicho sintético enrolado à cabeça. Suponho que para não se constipar. Sabe Deus que elas andem aí...

- Então ‘filia’...Qui tem?
- Bom eu já expliquei tudo à Srª enfermeira ao telefone...
- Pois ‘filia’, mas elas não pássam essa infórmação prá gente. Além do que nós prifirimos sempre ouvir o doente.
- Ah.


Naquele momento senti-me muito satisfeita. Aquele ‘esforço pescoçal’ durante 20 minutos para aguentar o telefone sob o ombro apesar dos 38,5 de febre, das náuseas e tonturas enquanto me obrigavam a falar exaustivamente dos meus fluidos foi um esforço assaz válido para o meu diagnóstico. E enquanto franzia o nariz a este pensamento, resvalou de repente o estetoscópio gélido nas minhas costas quentes (Ssssss....). A médica sentou-se à beirinha da cama com o peso de quem aturou só mais um ranhoso...literalmente.

- Drª...mas afinal isto será o quê?
Olhou para mim demorada e fixamente provavelmente pensando " Porque é que não fui para dentista, estava milionária agora" mas disse apenas:
- Gripe...cruzada com sintomas de amenorreia.
- Ah.
- Três dias em casa.


Como eu detesto o nosso sistema de saúde. Valha-me a sic comédia nestes dias e o meu ódio profundo pelo último clip da madonna.